O amor é em si uma porção maravilhosa da vida que deve ser aproveitado em toda sua intensidade. Mas qual é a medida certa dessa porção ?
A medida do amor não nos faz livres. Pelo contrário , nos aprisiona. O amor nos prende a uma pessoa, a um lugar, a uma situação ou até mesmo a um “eu” que não aprovamos e nem gostamos de manter na superfície de nossa personalidade.
Porque O amor é o fogo que arde sem se ver. É a ferida que dói e não se sente e é sim o contentamento descontente, pois existe em sua mais pura e hilariante forma, a insatisfação do ser humano para com ele mesmo e para com o resto da situação que o envolve. A verdade é que a dose de amor tem que ser proporcional a dose de raiva para que haja um equilíbrio e você não se torne um obeso emocional cheio de traumas, medos e sensações desnecessárias para se tornar um cara normal que adquiriu experiência na vida. Sobre o amor temos a dor de vivê-lo e a miséria de perdê-lo. Temos a batalha interna de aceitar ou não o sentimento que nos foi proporcionado ( como se isso fosse realmente possível de ser controlado) . Temos a escolha de sermos firmes em nossas decisões ou sermos uma daquelas “ pessoas de uma semana “ . Dietas de uma semana. Paixões de uma semana. Relações de sexo casual que duram uma semana. Bebedeiras idiotas de uma semana. Trabalhadores de uma semana. Amigos de uma semana. Assim como inimigos desses mesmos 7 dias. Aquelas pessoas que não passam disso e se prendem em sua mediocridade pessoal arrumando motivos para não continuar a fazer o que sabe ser necessário fazer para que haja um resultado positivo. Para que aconteça uma evolução. Para existir a superação. Em muitos dias de nossas vidas é necessário ter ao menos um pingo de vergonha na cara e parar de comer tanta massa. Parar de se encher tanto de porcarias momentaneamente prazerosas que com o tempo irão te encher a um ponto em que não conseguira sair do lugar. E ao se ver parado no acostamento mesmo sabendo que a estrada a seguir é tão longa você ainda se pregunta: COMO CHEGUEI ATÉ AQUI ? sendo que deveria mesmo se perguntar: COMO CONSEGUIREI SAIR DAQUI E SEGUIR EM FRENTE SEM METER OS PÉS PELAS MÃOS OUTRA VEZ?
BUSCAR UMA AJUDA INTERNA que resolva de uma vez por todas essa fase da sua vida. Para que esse seja o fim. Aguardando assim um novo começo. Com outros deslizes, outras paixões, nova maturidade, talvez no mesmo lugar. Talvez com as mesmas pessoas. No entanto notando a diferença de se estar no controle de sua própria vida. Somos todos amantes de algo. Existem aqueles que amam o ódio e ainda assim amam algo. Odiar. E quem somos nós para julgá-los ? Alguém é realmente digno de julgar outro ser ? Será que essa pessoa não tem mesmo um fino teto de vidro ?
De qualquer maneira, para todos os efeitos ainda temos o amor. Descontrolado ou não. Odioso, ciumento, obcessivo, amoroso, cuidadoso, terno ou pacifico. Ainda o amor.
Já disse antes Emílio da Mata “A IMAGINAÇÃO É A VISÃO DA ALMA, A INSPIRAÇÃO É A LIBERDADE DO SER. E A ALMA LIBERTA NADA MAIS É, DO QUE A VIDA SEM DORES. “
ACREDITO ENTÃO EU, QUE NUNCA SEREI MESMO LIVRE...porque amar , mesmo sem acreditar na durabilidade desse amor e sem saber ao certo a medida em que ele deve ser vivido, ainda é a minha principal escolha e a minha única excessão.
edson brito.
